quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ACONSELHAMENTO GENÉTICO

As pessoas que apresentam risco de gerar filhos com síndromes falciformes
têm o direito de serem informadas, através do aconselhamento genético, a
respeito dos aspectos hereditários e demais conotações clínicas dessas doenças.
O aconselhamento genético não é, portanto, um procedimento opcional ou de
responsabilidade exclusiva do geneticista, mas um componente importante da
conduta médica, sendo a sua omissão considerada uma falha grave. Por outro
lado, o aconselhamento genético apresenta importantes implicações psicológicas,
sociais e jurídicas, acarretando um alto grau de responsabilidade às instituições
que o oferecem. Assim sendo, é imprescindível que ele seja fornecido por
profissionais habilitados e com grande experiência, dentro dos mais rigorosos
padrões éticos.O objetivo básico do aconselhamento genético é o de permitir a
indivíduos ou famílias a tomada de decisões conscientes e equilibradas a respeito
da procriação (7). Trata-se, portanto, de um objetivo primordialmente
assistencial, que pode ter ou não conseqüências preventivas ou eugênicas. Os
indivíduos são conscientizados do problema, sem serem privados do seu direito
de decisão reprodutiva. Para que isso possa ocorrer, é fundamental que o
profissional que atue em aconselhamento genético assuma uma postura não
diretiva e não coerciva e discuta com os clientes vários aspectos além do risco
genético em si, tais como o tratamento disponível e a sua eficiência, o grau de
sofrimento físico, mental e social imposto pela doença, o prognóstico, a
importância do diagnóstico precoce, etc.(ANVISA, 2001)

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